Hoje eu sonhei um sonho lindo, acordado sonhei. Enquanto via do outro lado casas, carros, vias, pessoas, famílias e crianças, viajei para um futuro cuja distância é incerta. Ouvi risos. senti beijos, beijei lábios de mulher e bochechas de crianças, abençoei, amei sonhando acordado mas sem querer despertar.

De volta à luta, ainda cansado, porém acordado, esforcei-me para me manter atento e, infelizmente, vi cenas que eu não gostaria de ver.
Famílias, como a que sonhei e sonho, destruídas, desfaceladas, multiladas pela perda de quem perdeu membros, e mais que isso, fôlego, calor... Vida.
Ver tais cenas me deu medo, fiuei pensando em coisas que eu odeio quando me vem à mente, porém, são inevitáveis. E se fosse a minha família sendo exibida em cenas tão tristes? As pessoas transformaram em armas os motores e as rodas, bebem o combustível dos motores e matam sonhos que, não fosse o vil destino, seria mais forte que a força do alcool que os levou ao fim. Impunes, seguem embriagados de alcool homens que matam pessoas que se embriagam de sonhos, bons valores e amor.
Aos dezoito anos, aproximadamente às dezoito horas, no dia quinze de maio de dois mil e doze, eu sonhei com a minha família, beijei aquela que escolhi pra mim e abençoei meus filhos, sim, foi real como sonhei. Desci do ônibus e fui à aula.
No mesmo dia, próximo às vinte e duas horas, eu chorei. Tive medo por não saber o que está por vir. Quanta responsabilidade meu Deus! Preciso garantir o bem futuro de quem no presente só existe em sonhos, e assegurar-me antes disso que quem mesmo longe já existe estará segura para vivermos o nosso sonho, os nossos sonhos juntos.
Me vem o consolo da palavra: "Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós." (1ª Pedro 5:7 - Bíblia Sagrada).
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