20 de janeiro de 2018

As Raízes de Um Gigante

      Você já se imaginou no topo da mais alta montanha? No posto mais importante para uma empresa? Num lugar de extrema importância? Já observou os estalagmitesestalactites e como se encontram depois de muito tempo rumando ao mesmo propósito? 
Agora, já observou como costuma ser a parte mais baixa das montanhas, os postos inferiores de trabalho, os lugares "de menor importância" ou a fragilidade dos estalactites e estalagmites antes de serem espeleotemas?

        Bom, hoje quero contar uma experiência única que tive recentemente. Muitos já sabem que estou no ramo de imóveis desde que vim para o Rio, tenho andado toda a Zona Sul e um pedacinho do Norte ou do Oeste a trabalho, conhecendo todo tipo de gente, dos mais ricos aos mais pobres, dos mais experientes aos mais inexperientes. 
Resultado de imagem para urca pão de açucarNuma dessas andanças, na Urca, fui (com clientes) a uma casa enorme e antiga, notavelmente cheia de histórias, construída aproximadamente em 1983. Lá, conheci o Sr. J. (prefiro preservar o nome), um homem muito estudado, já um senhor, mas com mente, alma e espírito jovens! Nos apresentou toda a casa e nos contou diversas histórias. Para mim, a maior surpresa: O Pão-de-Açúcar está dentro do quintal!!!

       Exatamente isso: O Morro do Pão-de-Açúcar começa dentro do terreno do Sr. J., lá no cantinho, no fundo do terreno, e vai crescendo até chegar ao seu ápice. 
Pude observar que alguns prédios cresceram aos seus pés, tubulações, canos de esgoto passam por eles, lixo e sujeira (não no terreno do Sr. J, ele tem muito cuidado com o que lhe cabe). Observei também (o Sr. J falou) que alguns proprietários de imóveis daquele trecho removeram o pedaço do morro de dentro dos seus terrenos para ter mais espaço, compreensível, não os condeno por isso, quanto mais espaço para construir, melhor.

       Agora, você pode imaginar comigo o tanto de podridões que jogam sobre as bases dos grandes, dos que lutaram, perseveraram e aguardaram o tempo certo para chegarem aos seus topos? O tanto de gente que desvaloriza as RAÍZES dos outros? Os princípios e as bases, mesmo que atacados e aparentemente descuidados, sempre serão o sustendo infalível de todos. Bases fortes criam montes, montanhas, morros... Bases fracas podem até sustentar castelos, mas serão castelos de areia, não durarão muito, cederão no primeiro cano de esgoto ou na primeira marretada de um construtor.

        Desde então tenho observado mais o quanto valem minhas raízes, como o Tio Sampaio, tenho buscado cuidar das coisas principais, me mantendo arraigado, sempre firme na Palavra do Senhor, certo de que nada vai me abalar. Espero, um dia, ser como Tio Sampaio, um velhinho experiente que fala da sua vida aos mais jovens, sobre a entrega ao Senhor e a dedicação ao estudo da Palavra, com a certeza que, não importam as circunstâncias ou o vento que soprar, as raízes vão segurar! 
Breve conto mais sobre o que O Senhor tem feito! Vamos em frente e para cima, rumo ao Alvo, Cristo!

22 de junho de 2017

Até o Ultimo Homem (e a minha experiência dos últimos dois meses)

        Hoje quero voltar a escrever, voltar a colocar em prática o talento com o qual O Senhor me capacitou desde criança e eu há muito tenho deixado de lado.
        Acabo de assistir o filme Até o Último Homem,uma produção de Mel Gibson, escrita muito antes do que podemos imaginar pelo Senhor. Trarei aqui a minha visão, não necessariamente sobre o filme, mas me vendo na mensagem do filme, como soldado conservador e apaixonado do Exército de Deus e reservista também conservador e apaixonado do Exército Brasileiro, portanto, já espero duras críticas, às quais, a princípio, pretendo ignorar. Preparem-se, pretendo escrever por todo o tempo que tenho sem fazê-lo.
Resultado de imagem para até o último homem
        Contando com hoje, faltam cinco dias para eu completar dois meses no Rio de Janeiro, uma experiência radicalmente nova, maravilhosa e arriscada, como ir para uma guerra salvar vidas sem usar uma arma. Nesse período, tenho aprendido muito sobre o Evangelho que ouvi durante toda a minha vida, vinte e três anos ouvindo e aprendendo o Evangelho da Graça, a consciência do pecado, da justiça e do juízo, a salvação pela Graça, as obras por consequência da Graciosa Salvação, a dupla honra, recompensa garantida na eternidade e, infinitamente menos importante contudo bem-vinda da mesma forma se aprouver ao Senhor, aqui na terra também.
        Tenho aprendido a lutar pela verdade, pelos Princípios e Valores do Reino, primeiro em mim mesmo, no meu pensar, falar, agir, concordar, discordar, aceitar, não aceitar... Em oculto, acreditem, é muito mais difícil ser cristão, longe de casa e da igreja onde cresci isso triplica, quase quando tudo e todos ao redor apontam para o caminho contrário ao que escolhi seguir, ameaçando várias vezes o conforto, a segurança e a beleza da vida aqui, não sei dimensionar ou mensurar a situação, mas sei que tudo tem servido para confirmar a vontade do Senhor em minha vida, como o rapaz do filme, quando oro e choro perguntando "o que o Senhor quer de mim?" Ouço gritos de socorro, homens e mulheres morrendo no politicamente correto, no falso amor cristão, no apego a esse mundo, na falta de conhecimento e essência, a cada dia o Senhor me põe no fronte da batalha para guerrear com todas as  forças contra tudo o que é imposto pelo mundo, e a cada noite Ele me pega no colo, isso às vezes vai até a manhã, até mesmo no metrô, antes de chegar ao trabalho,  conversa comigo, me acalenta, acalma, colhe minhas lágrimas e me coloca novamente no font, onde eu mesmo já pedi para estar, nas trincheiras.
         Assistindo ao filme Até O Último Homem pude ver situações semelhantes, momentos em que a tentativa de desanimar vem de onde ou de quem menos se espera, ofertas tentadoras, como o conforto de casa ou a morte do inimigo (no caso do filme), Apenas assisti e pensei: quem seria eu hoje nesse filme? Seria o médico que ignorou a tudo e todos e deu ouvidos somente ao Senhor, um dos militares que, sem saber o quanto precisariam dele e se esquecendo dos próprios princípios o desencorajavam?Quem seria eu? 
Bom, recentemente o Senhor me direcionou à história de Daniel e seus amigos, Sadraque, Mesaque e Abedenego, o velho e bom clichê bíblico contra as ofertas do mundo. Em resposta às minhas orações, o Senhor me fez lembrar que eles não deram ouvidos ao que dizia o rei ou ao que diziam os outros,tão pouco se renderam às delícias do reino da Babilônia, pelo contrário, mantiveram-se firmes no Senhor e no propósito para o qual foram chamados, perseverando dia após dia em busca de agradar a Deus. Vejam só:

              1. Não aceitaram comer a comida do Rei, que deveria ser deliciosa,com toda certeza, mas optaram por se manterem saudáveis à base de legumes, verduras e frutas, como já tinham por costume.
Isso pode ser traduzido, contextualizando à nossa época, com não se render aos padrões mundanos, às vontades daqui, ao que é belo, delicioso e atraente aqui, mas se manter saudável no Senhor;

               2. Não deixaram de adorar a Deus em nenhum momento, nem antes das imposições do rei, nem durante as execuções de tais ordens, nem depois delas. O tempo todo eles se lembraram do Deus ao qual serviam, ao ponto de Sadraque, Mesaque e Abedenego dizerem que mesmo que o Senhor não os livrasse da condenação do rei eles continuariam O servindo e não O negariam. 
Hoje, isto é: ficar sozinho, não ser compreendido pelas pessoas ao redor (criarão comichão nos ouvidos, 2ª Timóteo 4:3 - 5), ser acusado de 'N' coisas por falta de compreensão da palavra, inclusive por parte dos crentes, ficar só, ou, só com a companhia do Senhor (pois a Graça nos basta).

        No filme, Doss, o soldado desarmado, passa por situações semelhantes,até piores, mas é o único que consegue ouvir a voz do Senhor e fazer a coisa certa, na hora certa, do jeito certo. Ele é ameaçado, ganha solidão por recompensa, apanha, é humilhado, mas, ao final, como disse o Apostolo Paulo, combate o bom combate, encerra a carreira e mantém a fé! Trata-se única e exclusivamente de fé! Mas não essa fé multicultural que todos dizem ter mas ninguém se dispõe a praticar, não essa fé do amor próprio, do "cheguei pra incomodar" ou do "tudo bem, eu respeito a sua opinião", NÃO!
Tanto Paulo quanto o Soldado Doss mantiveram a fé salvadora! A única que pode realmente ter algum efeito para a eternidade, cada um do jeito que O Senhor lhes propôs, foram perseguidos, tiveram muito, pouco, altos e baixos, sofreram e ganharam a desonra dos homens como "presente" por muito tempo, só assim puderam chegar ao final da carreira sãos e salvos, com suas almas redimidas, princípios intactos e valores ainda mais caros. Eles NUNCA negociaram os princípios ou baratearam os valores da Palavra de Deus, por isso alcançaram a honra que perdura após a sua morte. Posso dizer, com um medinho de errar, dupla honra para cada dia de vergonha.

      Assim o Senhor vem confirmando ao meu coração a Sua vontade, com músicas, filmes, pessoas e, mais que tudo, através da oração e da leitura da Palavra, nas quais ainda peco muito por falta e negligência. A Graça d'Ele tem me sustentado diariamente, abrindo e fechando portas e caminhos, direcionando os passos rumo ao que é eterno, me mostrando por onde fugir de tudo o que é eternamente inútil, fortalecendo o meu caminhar para que eu possa, no tempo certo, carregar os soldados feridos que puderam resistir com força e inteligência (Romanos 12:1-2) aos ataques do inimigo, muitas vezes disfarçado de amigo ou até de inimigo morto e direcionar soldados sãos à derrocada do inimigo em suas vãs e falhas estratégias e ao resgate de outros soldados em situação de perigo. Aos irmãos, peço cobertura! Não cessem suas munições, estamos todos na mesma guerra.

1 de dezembro de 2015

Pedras Clamam

        Nesse instante, abro uma conversa em grupo no Whatsapp e vejo um vídeo de uma cantora, não sei o nome, mas, cantando uma 'música cristã'. Cantora jovem, bonita e com roupas provocantes, nota-se que o show não é do mercado gospel nem do meio Cristão Contemporâneo. Trata-se de uma festa "mundana"/"secular". A jovem canta:  "-- Quero Te amar mais, Senhor, quero Te amar mais, Senhor..."

         Eu, em meu cérebro crítico, assisti até o fim... E ouvi as palavras: "nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo". Quase ao fim do vídeo, um homem nos bastidores se derramando em lágrimas, não sei o motivo, mas era notável o trabalhar da música, da emoção, da letra ou de Deus, ou de tudo isso naquele momento. 

        E eu me lembrei do seguinte texto:

39 E disseram-lhe de entre a multidão alguns dos fariseus: Mestre, repreende os teus discípulos.
40 E, respondendo ele, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão.


        Pensei... Seriam as pedras realmente pedras como as que vemos nas ruas ou estaríamos diante de mais uma parábola de Jesus?


A Bíblia diz que quem tem O Filho, tem a Vida, quem não O tem, não tem a Vida. Não quero aqui julgar e dizer "quem tem Jesus e quem não tem", mas, pelos moldes 'igrejados', apenas os cristãos tem a vida, apesar de Deus não ser cristão.  Sendo assim, não seriam essas pessoas um tipo de 'pedras falantes', de acordo com o que Jesus disse? A igreja tem se calado! A igreja tem visto injustiças, incoerências, falsas doutrinas e tem coadunado, concordado, como quem cala e consente com o erro! E Deus não deixa de falar por isso, Ele ama tanto a humanidade que usa quem Ele quer para falar!

        Quando ouço e vejo pessoas "que não são da fé", que "não são salvas" sendo usadas por Deus para levar a salvação, para levar a Palavra, eu vejo o quanto a igreja tem estado inerte, tem deixado de pensar na eternidade, no que realmente importa. E isso é impressionante! ouço e vejo essas situações, choro e, comigo e com Painho do Céu, digo: as pedras estão começando a clamar!
O Evangelho não deixará de ser pregado, o Reino de Deus virá aos que realmente O buscam em espírito e em verdade e a luz será trazida a todos, aos que já estão na luz para iluminá-los mais, aos que pensam estar na luz, para que percebam seus erros e, com estes, aos que estão nas trevas, para que seus erros sejam reveladas, suas vergonhas expostas e a glória de Deus seja soberana, sobreposta a tudo isso.

       Abrir os olhos todos os dias e ver o quanto esse mundo está de cabeça para baixo, o quão bagunçados estão todos os setores da sociedade e como tem sido difícil de ver qualquer que seja a solução para o mundo me faz ver que a esperança está voltando. A Luz Eterna, o Reino Eterno, O Rei, Ele vem! E vem em breve! As pedras estão a clamar, a Igreja, em grande parte, está distraída, a se calar, o mundo está gritando, a natureza gemendo em dores de parto... Daqui partiremos em breve. Devemos, como cantou a jovem, querer amar mais Ao Senhor e viver os Seus preceitos e mandamentos. Que esse seja um alerta para nós, Igreja de Cristo, que almejamos a eternidade. Que possamos viver essa eternidade desde já, sabendo que Ele em breve vem.

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